terça-feira, 11 de maio de 2010

Base Espacial

Acredito que esse mundo é totalmente diferente do que eu queria que fosse. Realmente é estranho dizer que odeio toda essa tecnologia e esse tipo de base espacial. Queria estar na terra, como meus bisavós e tataravôs estiveram. Aqui é tudo artificial. Oxigênio artificial, comida artificial, plantas artificiais, até pessoas artificiais.
Tudo poderia ser diferente. Bonito e simpático, mas aqui não é bem assim. O homem graças a deus aprendeu a fazer oxigênio sem a ajuda da fotossíntese. Um gênio não é? Uma anta! Isso sim! Como eles conseguem fabricar oxigênio sem a incrível fotossíntese? Meu sonho é ver uma árvore de verdade, ou então comer um bolo com sabor de chocolate. Aquele que minha bisa-avó falou tanto no diário dela.
Antes que eu esqueça, há alguns anos atrás encontrei o diário da minha bisa-avó. Ela morava na terra e desfrutava super bem do cacau. Já eu, moro em uma base-espacial, no espaço e sobrevivo à base de pílulas que em um instante deixam você farto, e sem fome alguma.
Gordos aqui não existem. Sonho em ser gorda! Já imaginou? Ser diferente de todos? Incrível! Aqui ninguém é gordo... Magros e todos com o mesmo peso. Por incrível que pareça. Mulheres com 60 quilos e homens com 75. Magros demais não acha? Nossa, eu ficaria maluca se visse um homem sarado.
No diário da minha bisa, tinha várias fotos e nossa... Eles tinham os chamados ‘tanquinhos’. Meu Espaço! Aquilo é de Delirar, amo o século 18, 19 e 20! Bom, outra coisa que mudou... O homem também provou que Deus não existe (mas eu e mais dez pessoas ainda acreditamos). Hoje não usamos mais o termo ‘Meu Deus!’ E sim ‘Meu Espaço!’.
Confesso que ainda uso palavras antigas, mais pouquíssimas porque eu me acostumei infelizmente com esse modo idiota de falar. Que ódio que me dá só de pensar que tenho que dormir em uma bola todas as noites... Não acordo com dor nas costas, mas queria muito ter o privilégio de dormir em uma cama ou até mesmo, beijar um garoto.
Aqui todo mundo se conhece, então, não existem garotos novos. Essa base-espacial já é pré-histórica, então todos se conhecem e não existe nada para conhecer de novo. A única coisa que vem crescendo cada dia mais é a famosa tecnologia, ou como chamam agora ‘Tecnolus’.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Seu sangue, minha paixão

Passei as mãos sobre o sangue,
meus dedos brilhavam,
sob aquele lindo,
reflexo de luz

Meus dedos acariciam meus lábios,
um gosto doce e macio,
chega a tocar minha lingua
deslizo meus dedos pelo meu queixo

Meu pescoço ferve,
minhas veias saltam
Que prazer incrível é esse?
Aquele que estou sentindo

Minha boca degusta o seu sangue
sente-se envolvida por você
Compreende a sua dor
A minha dor

Acabei com nossas vidas
a partir daquele vermelho
Um gosto tão bom que toca meus lábios
como se fosse seu beijo

É errado...

Quero que saiba, que independente de qualquer coisa, eu te amo. Você é errado, mas eu te amo. Eu te amo e eu te amo. Amo tanto. Dói você não sentir o mesmo, sim, dói. Mas é uma dor suportável. Afinal, minha vida não acabou e você não vai ser meu único amor. Terão outros e mais outros. Mas agora, hoje, você é o amor traduzido em alguém, para mim. Desculpe se eu não consegui me segurar e te contei isso. Sei que a amizade vai ficar abalada, mas eu simplesmente não sou capaz de esconder algo tão forte e que na minha opinião é importante. Goste de mim ou não, eu gosto de você e realmente não ligo para o que os outros pensam desse meu raciocínio. Não ligo quando dizem que sempre me apaixono pela pessoa errada. Mas fazer o que? A certinha sempre fica com o errado. A diferença é que no meu conto, ninguém fica com ninguém. E acredite, isso machuca.

AMAR!

Você se tornou tão especial para mim,
aos poucos, foi tomando conta do meu coração…
Ah! como eu te amo…
essa paixão me segue todos os dias,
na cama, na escola, no shopping, em todos os lugares que vou…
Que pena! Que pena que você não conhece meu amor por você…
Essa paixão me machuca, talvez você até desconfie,
mas não sabe desse meu verdadeiro e grandioso amor por você!
Quando falo com você, fico boba de tanta beleza que vejo na minha frente…
Quando seus olhos inesperadamente olham para os meus…
Ah! que paixão que não tem jeito…
Como pude me apaixonar assim, se nem posso lhe falar….
mas você é irresistível, esse seu jeito,
tua boca, tuas pernas, teus braços, sua fala, seu cabelo,
seu jeito ser….o jeito humilde, carinhoso, romântico,
e alegre de ser, me contagiou como uma doença sem cura…
Mais do que nunca eu sei que eternamente estarei
Amando você!!!

Russian Roulette

...o vento cobria meu corpo. Passava por minha pele como seda e ao mesmo tempo me aliviava por telo machucado. Seu peito jorrava sangue e minha pele queria senti-lo. Passei a mão sobre o peito dele e friccionei. Aquela sensação de vingança e angústia me causavam dores inexplicáveis no peito.
Por um instante, gostaria de estar no lugar dele. Queria morrer, pois meu amor já havia morrido. Seu coração não batia mais, não tentava voltar, não queria estar mais lá batendo. Minhas lágrimas conseguiam cobrir seu rosto vazio e pálido. Ele merecia morrer. O homem que eu mais amava no mundo foi capaz de querer tirar minha própria vida.
Eu enfiei a mão em seu bolso e de dentro dele, tirei sua identidade. Robert Parker, meu irmão. Já não bastava só apenas ter matado o homem que eu amava, eu havia matado um inimigo, e o pior de tudo, matei meu próprio irmão. Aquele o qual eu passei anos procurando.
Isso prova o quanto à vida é uma roleta russa. Sempre voltamos a encontrar aqueles que achamos que nunca mais iríamos ver e muitas vezes, nos arrependemos de tê-los conhecido.

Depressão

Hoje, parte de mim foi destruída. A raiva me consome, minha cabeça dói de preocupação, minha dor de garganta está querendo desentalar todas as palavras que não saem a um bom tempo de dentro de mim. Sinto ódio, angústia. Sinto que eu adoraria ver o sangue jorrar das minhas veias abertas com uma gilete.
Se um dia eu sumir, por favor, não me procure. Se eu parar de respirar, não me reanime. Se eu levar um tiro, não me socorra. Se eu chorar, não me console. Se eu sorrir, não retribua. Se tiver algum sentimento por mim, deixe-me ir. Deixe-me desprezar a todos aqueles que um dia me fizeram sofrer, todos que me rejeitaram, que não acreditaram em mim. Deixe-me ao menos uma vez sentir-me alguém diferente e livre de todos os problemas que um dia me fizeram chegar a este ponto.
Quero fazer com que a revolta e a tristeza que sinto, torne-se poeira. Quero que elas sumam, que voem e causem asma em outra pessoa que realmente mereça. Quero que meu sangue deixe de ser azul, gelado e frio, sem dar a mínima importância a todos aqueles que se dizem amigos. Quero fazer uma enorme besteira, quero me jogar de uma ponte, quero dar um tiro na garganta, quero cortar meus pulsos, mas o que eu queria realmente era ter a coragem para fazer tudo isso.
Meus olhos ficam se fechando, minha boca seca, minhas mãos suadas, meus pés trêmulos, meus olhos molhados. Para que ligar para o que eu mesma sinto quando nenhum outro foi capaz de dar importância a um pequeno sentimento? Que mundo tão óbvio! Tão fajuto! Tão nojento! Que seres humanos mais ignorantes, horripilantes.
Passado, presente e futuro, o modelo de beleza nunca vai mudar, o ideal intelectual, as televisões, populações, países, cidades, corações... A ignorância vence o ser humano, decepciona e alimenta falsas esperanças, acaba com a sua vida em alguns longos e cansativos anos. Se pudesse expor o sentimento que o ser humano mais causa no mundo eu diria que é a depressão, aquele sentimento que aos poucos acaba com a vida, com o coração.

Dangerous - Prefácio

Homens. Talvez seria essa espécie a que eu mais odeio. Não, eles não são seres humanos. Provavelmente monstros que nos fazem sofrer como escravas. Sobrevivo dessa espécie diferente. Meu trabalho nada menos é do que dar a eles o que eles realmente merecem. Alguns dizem que sou perigosa. Será mesmo eu a perigosa? Me acho a vítima, mas cada um tem sua opinião.
Lido com eles desde os treze anos. Meu pai sempre bebia e chegava em casa nervoso. Batia na minha mãe e sempre quando podia, batia em mim e em meus irmãos. Vivi como serva. Minha mãe então parecia uma escrava comprada. Talvez eu esteja tendo um senso crítico muito maior do que o normal, mas essa era a realidade que se passava na minha casa.
É interessante que cada um saiba o que aconteceu comigo e o que me fez me tornar o que sou hoje. Não tenho ódio, mas tenho prazer em sentir o gosto da vingança quando estou com aqueles homens, faço deles bichinhos, insetos.
Não mexo com espécies inocentes. 0,01% tem sim um bom senso e não são culpados por terem nascido homens, mas procuro encontrar aquele com um ponto frágil. Ricos, empresários, bancários, advogados, juízes, jornalistas. Todos são iguais. Sempre com as mesmas atitudes, mesmos extintos.
Já perceberam como o homem faz da mulher a sua presa? Interessante não é? Mas eu faço o contrário, faço dele a minha presa. Faço dele um coelho indefeso, um veado correndo de um leão louco para encontrar seu bando e se salvar. O problema é que eu nunca deixo a minha presa escapar.